Ausculta pulmonar
Conceito:
Ausculta é o método semiológico básico no exame físico dos pulmões realizada com o auxílio de um estetoscópio. A auscultação direta ou imediata, ou seja, colocando-se o ouvido na parede torácica, não se utiliza mais, embora por intermédio dela seja possível perceber também as vibrações da parede.
As principais fontes sonoras do tórax são o coração e os pulmões. Entretanto, a traqueia, os brônquios, a pleura, o pericárdio, os grossos vasos e o esôfago podem gerar sons.
O foco de ausculta de um som é a região da pele onde ele é ouvido com maior intensidade. Isso significa que entre essa região e fonte sonora existe um trajeto acústico com atenuação mínima.
Para sua realização exige-se silêncio, geralmente com o paciente sentado com o tronco bem vertical. Deve ser feita de maneira comparativa entre as regiões de cada lado do pulmão. O estetoscópio deve ser movimentado de um segmento pulmonar a outro em cada hemitórax.
Como fazer a ausculta:
Iniciar-se a ausculta, com o examinador colocando-se atrás ou lateralmente ao paciente
O paciente deve estar com o tórax despido para perfeito acoplamento do estétoscópio
Deve ser orientado a respirar pausada e profundamente, com a boca entreaberta, sem fazer ruído
A ausculta deve ser realizada em linhas horizontais comparando-se os sons de cada hemitórax
Evita-se colocar o estetoscópio sobre escápula, saliências ósseas ou as mamas
Ausculta-se as fossas supra e subclaviculares, onde ouve-se os sons dos ápices pulmonares.
Cada região deve ser examinada cuidadosamente
Sons de uma respiração normal:
A respiração produz turbulência aérea e vibração das estruturas pulmonares produzindo os sons da respiração. Observamos que ainda não existe uma unidade de conceitos e classificação desses sons.
SOM TRAQUEAL
É o som produzido na traquéia pela passagem do ar e é audível na região anterior do pescoço sobre a traquéia. Alguns autores dão o nome a este de som bronquial, uma vez que é muito semelhante e de praticamente mesma sonoridade.
SOM BRONQUIAL
O som bronquial corresponde ao som traqueal audível na zona de projeção de brônquios de maior calibre, na face anterior do tórax, nas proximidades do esterno. È chamado de murmúrio brônquico.
SOM VESICULAR
O som vesicular é formado pela passagem do ar pelo parênquima pulmonar (como dos bronquíolos para os alvéolos). .É caracterizado por uma inspiração de intensidade de duração maior, bem audível, suave, e, logo a seguir, uma expiração curta e pouco audível. È chamado de murmúrio vesicular e é ouvido normalmente na maior parte do tórax.
SOM BRONCOVESICULAR
Neste tipo de respiração, somam-se as características brônquicas com do murmúrio vesicular. Deste modo, a intensidade e a duração da inspiração e da expiração têm igual magnitude, ambas um pouco mais fortes que no murmúrio vesicular, mas sem atingir a intensidade da respiração brônquica. È chamado de murmúrio broncovesicular.
Ruídos adventícios (casuais)
Estertores secos (Estertores são sons descontínuos que superpõem-se aos sons respiratórios normais.)
Ronco
O ronco é um ruido adventício predominantemente inspiratório, podendo ser audível também na expiração. Sua tonalidade é grave, intenso, semelhante ao ronco observado durante o sono, é modificado pela tosse.
Corresponde movimentação de muco e de líquido dentro da luz das vias aéreas (geralmente brônquios de grosso calibre) ou a presença de secreções espessas aderentes às paredes brônquicas com consequente diminuição de seu calibre. Indicam asma brônquica, bronquites, bronciectasias e obstruções localizadas.
Sibilo
São sons contínuos, musicais e de longa duração. Os sibílos têm sua origem nas vias aéreas e requerem o fechamento dos brônquios para serem produzidos. Os sibilos acompanham as doenças que levam à obstrução de fluxo aéreo, como a asma e DPOC, mas podem acontecer em inúmeras outras doenças que acometem as vias aéreas. É popularmente chamado de "Chiado" .
Podem ser subdivididos em Monofônicos e Polifônicos
SIBILOS MONOFÔNICOS; únicos ou múltiplos são um sinal clínico característico da asma
SIBILOS POLIFÔNICOS é produzido pela compressão dos brônquios centrais e é um sinal freqüente da maioria dos tipos de doença obstrutiva pulmonar crônica sibilo polifônico também pode aparecer em indivíduos normais, nos quais é chamado de sibilo da inspiração forçada.
Estertores úmidos
Os estertores com sons crepitantes podem ser explosivos, agudos e de curta duração, ocorrendo no final da inspiração. São gerados principalmente pela abertura dos alvéolos que se acham colapsados ou ocluídos por líquido viscoso. Não se modificam com a tosse.
Podem ser classificados em crepitantes (finos) ou bolhosos (grossos) ou ainda de alto timbre e baixo timbre ou ainda classificados em crepitações inspiratórias precoces e tardios.
CREPITAÇÕES INSPIRATÓRIAS PRECOCES:
São características dos pacientes com obstrução severa das vias aéreas. Estas crepitações podem ser produzidas nas vias aéreas maiores e próximas. Elas são frequentemente transmitidas à boca, são poucas numerosas, e ouvidas em uma ou ambas as bases pulmonares. Uma característica importante destas crepitações é que não desaparecem com a tosse nem com mudança de posição. Aparece nas seguintes doenças: Bronquite Crônica, Asma e Enfisema
CREPITAÇÕES INSPIRATÓRIA TARDIA:
São características dos pacientes com doença pulmonar restritiva. São normalmente mais numerosas que as precoces, variam com a posição do paciente e normalmente são transmitidas à boca. Parecem se originar nas vias aéreas periféricas, cada crepitação representando a abertura abrupta de uma única via aérea. Ocasionalmente, as crepitações inspiratórias tardias estão associadas com um sibilo curto no final da inspiração. Estas crepitações são vistas nas seguinte doenças: Fibrose Intersticial, Congestão Pulmonar da Insuficiência Cardíaca, Sarcoidose Pulmonar, Escleroderma, Pulmão Reumatóide.
Atrito pleural
As camadas lisas e úmidas da pleura normal movimentam-se fácil e silenciosamente uma sobre a outra. Entretanto, quando a superfície está espessada por depósito de fibrina, por celulas inflamatórias ou neoplásicas, o deslizamento está impedido pela resistência de fricção. O atrito de fricção foi comparado ao ranger de um couro velho.
Ruídos transmitidos
Egofonia Para obtenção da egofonia, o examinador deve manter a campânula de seu estetoscópio em cada ponto da parede torácica correspondente a um segmento broncopulmonar. Deve ser pedido para o paciente pronunciar a letra "E" várias vezes. Se um som parecido com "A" for percebido, o paciente tem egofonia.
Estridor Estridor é um som musical particularmente alto, de timbre constante, mais proeminente durante a inspiração, que pode ser ouvido muito bem a certa distância do paciente. Embora nada, a não ser a intensidade , distinga o estridor do sibilo monofônico, que não pode ser ouvido à distância, o termo é amplamente utilizado quando há suspeita ou conhecida obstrução de laringe ou de traquéia como fonte sonora.
Ausculta é o método semiológico básico no exame físico dos pulmões realizada com o auxílio de um estetoscópio. A auscultação direta ou imediata, ou seja, colocando-se o ouvido na parede torácica, não se utiliza mais, embora por intermédio dela seja possível perceber também as vibrações da parede.
As principais fontes sonoras do tórax são o coração e os pulmões. Entretanto, a traqueia, os brônquios, a pleura, o pericárdio, os grossos vasos e o esôfago podem gerar sons.
O foco de ausculta de um som é a região da pele onde ele é ouvido com maior intensidade. Isso significa que entre essa região e fonte sonora existe um trajeto acústico com atenuação mínima.
Para sua realização exige-se silêncio, geralmente com o paciente sentado com o tronco bem vertical. Deve ser feita de maneira comparativa entre as regiões de cada lado do pulmão. O estetoscópio deve ser movimentado de um segmento pulmonar a outro em cada hemitórax.
Como fazer a ausculta:
Iniciar-se a ausculta, com o examinador colocando-se atrás ou lateralmente ao paciente
O paciente deve estar com o tórax despido para perfeito acoplamento do estétoscópio
Deve ser orientado a respirar pausada e profundamente, com a boca entreaberta, sem fazer ruído
A ausculta deve ser realizada em linhas horizontais comparando-se os sons de cada hemitórax
Evita-se colocar o estetoscópio sobre escápula, saliências ósseas ou as mamas
Ausculta-se as fossas supra e subclaviculares, onde ouve-se os sons dos ápices pulmonares.
Cada região deve ser examinada cuidadosamente
Sons de uma respiração normal:
A respiração produz turbulência aérea e vibração das estruturas pulmonares produzindo os sons da respiração. Observamos que ainda não existe uma unidade de conceitos e classificação desses sons.
SOM TRAQUEAL
É o som produzido na traquéia pela passagem do ar e é audível na região anterior do pescoço sobre a traquéia. Alguns autores dão o nome a este de som bronquial, uma vez que é muito semelhante e de praticamente mesma sonoridade.
SOM BRONQUIAL
O som bronquial corresponde ao som traqueal audível na zona de projeção de brônquios de maior calibre, na face anterior do tórax, nas proximidades do esterno. È chamado de murmúrio brônquico.
SOM VESICULAR
O som vesicular é formado pela passagem do ar pelo parênquima pulmonar (como dos bronquíolos para os alvéolos). .É caracterizado por uma inspiração de intensidade de duração maior, bem audível, suave, e, logo a seguir, uma expiração curta e pouco audível. È chamado de murmúrio vesicular e é ouvido normalmente na maior parte do tórax.
SOM BRONCOVESICULAR
Neste tipo de respiração, somam-se as características brônquicas com do murmúrio vesicular. Deste modo, a intensidade e a duração da inspiração e da expiração têm igual magnitude, ambas um pouco mais fortes que no murmúrio vesicular, mas sem atingir a intensidade da respiração brônquica. È chamado de murmúrio broncovesicular.
Ruídos adventícios (casuais)
Estertores secos (Estertores são sons descontínuos que superpõem-se aos sons respiratórios normais.)
Ronco
O ronco é um ruido adventício predominantemente inspiratório, podendo ser audível também na expiração. Sua tonalidade é grave, intenso, semelhante ao ronco observado durante o sono, é modificado pela tosse.
Corresponde movimentação de muco e de líquido dentro da luz das vias aéreas (geralmente brônquios de grosso calibre) ou a presença de secreções espessas aderentes às paredes brônquicas com consequente diminuição de seu calibre. Indicam asma brônquica, bronquites, bronciectasias e obstruções localizadas.
Sibilo
São sons contínuos, musicais e de longa duração. Os sibílos têm sua origem nas vias aéreas e requerem o fechamento dos brônquios para serem produzidos. Os sibilos acompanham as doenças que levam à obstrução de fluxo aéreo, como a asma e DPOC, mas podem acontecer em inúmeras outras doenças que acometem as vias aéreas. É popularmente chamado de "Chiado" .
Podem ser subdivididos em Monofônicos e Polifônicos
SIBILOS MONOFÔNICOS; únicos ou múltiplos são um sinal clínico característico da asma
SIBILOS POLIFÔNICOS é produzido pela compressão dos brônquios centrais e é um sinal freqüente da maioria dos tipos de doença obstrutiva pulmonar crônica sibilo polifônico também pode aparecer em indivíduos normais, nos quais é chamado de sibilo da inspiração forçada.
Estertores úmidos
Os estertores com sons crepitantes podem ser explosivos, agudos e de curta duração, ocorrendo no final da inspiração. São gerados principalmente pela abertura dos alvéolos que se acham colapsados ou ocluídos por líquido viscoso. Não se modificam com a tosse.
Podem ser classificados em crepitantes (finos) ou bolhosos (grossos) ou ainda de alto timbre e baixo timbre ou ainda classificados em crepitações inspiratórias precoces e tardios.
CREPITAÇÕES INSPIRATÓRIAS PRECOCES:
São características dos pacientes com obstrução severa das vias aéreas. Estas crepitações podem ser produzidas nas vias aéreas maiores e próximas. Elas são frequentemente transmitidas à boca, são poucas numerosas, e ouvidas em uma ou ambas as bases pulmonares. Uma característica importante destas crepitações é que não desaparecem com a tosse nem com mudança de posição. Aparece nas seguintes doenças: Bronquite Crônica, Asma e Enfisema
CREPITAÇÕES INSPIRATÓRIA TARDIA:
São características dos pacientes com doença pulmonar restritiva. São normalmente mais numerosas que as precoces, variam com a posição do paciente e normalmente são transmitidas à boca. Parecem se originar nas vias aéreas periféricas, cada crepitação representando a abertura abrupta de uma única via aérea. Ocasionalmente, as crepitações inspiratórias tardias estão associadas com um sibilo curto no final da inspiração. Estas crepitações são vistas nas seguinte doenças: Fibrose Intersticial, Congestão Pulmonar da Insuficiência Cardíaca, Sarcoidose Pulmonar, Escleroderma, Pulmão Reumatóide.
Atrito pleural
As camadas lisas e úmidas da pleura normal movimentam-se fácil e silenciosamente uma sobre a outra. Entretanto, quando a superfície está espessada por depósito de fibrina, por celulas inflamatórias ou neoplásicas, o deslizamento está impedido pela resistência de fricção. O atrito de fricção foi comparado ao ranger de um couro velho.
Ruídos transmitidos
Egofonia Para obtenção da egofonia, o examinador deve manter a campânula de seu estetoscópio em cada ponto da parede torácica correspondente a um segmento broncopulmonar. Deve ser pedido para o paciente pronunciar a letra "E" várias vezes. Se um som parecido com "A" for percebido, o paciente tem egofonia.
Estridor Estridor é um som musical particularmente alto, de timbre constante, mais proeminente durante a inspiração, que pode ser ouvido muito bem a certa distância do paciente. Embora nada, a não ser a intensidade , distinga o estridor do sibilo monofônico, que não pode ser ouvido à distância, o termo é amplamente utilizado quando há suspeita ou conhecida obstrução de laringe ou de traquéia como fonte sonora.
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