Exercícios respiratórios para fisioterapia


Em situações de permanência prolongada em leito hospitalar, o acúmulo de secreções é um transtorno ocasionado pela imobilidade. Contudo, a conduta atual de mobilização precoce, através da constante troca de posicionamento e da realização de exercícios respiratórios, promove não só a limpeza das vias aéreas, como também previni atelectasias e pneumonias pós-operatórias. Adicionalmente, há uma melhora da ventilação e da função pulmonar, gerando ganho de qualidade de vida desse paciente.

Em âmbito ambulatorial, os exercícios respiratórios visam promover a aprendizagem de um padrão respiratório normal, a conscientização dos movimentos tóraco-abdominais, o ganho de força da musculatura respiratória, a realização de atividades físicas e metabólicas de forma satisfatória e com um gasto energético mínimo, a reexpansão pulmonar, o aumento da ventilação e da oxigenação e a melhora da mobilidade da caixa torácia. 

Todos esses aspectos contribuem para a prevenção de complicações adicionais ou reincidivas com exacerbação de sinais e sintomas.

É importante que o paciente receba orientações sobre o tempo inspiratório e expiratório, sobre a profundidade da respiração e quanto ao padrão respiratório mais adequado, bem como a maneira de utilizar corretamente a musculatura inspiratória e o ensinamento de que a inspiração deve ser feita pelo nariz, ao passo que a expiração deve ser efetuada pela boca.

Os exercícios de fortalecimento da musculatura respiratória assoaciados à respiração são bastante importantes, pois em um momento mais avançado, quando o paciente se submeter a esforços físicos maiores, representará uma vantagem mecânica indispensável para se obter um bom desempenho respiratório.Podem ser realizados através da respiração contra-resistida, da respiração mantida, da respiração fracionada, da expiração prolongada, de exercícios cinesioterápicos para a musculatura abdominal, além do uso de instrumentos como o Threshold, Triflo, Inflex, a coluna d´água e o manuovacuômetro para o ganho de força e resistência muscular respiratória.

A estimulação diafragmática visa ensinar o paciente a respirar de forma adequada, utilizando o diafragma e, ao mesmo tempo, objetiva promover o relaxamento da musculatura acessória, pois quando solicitada por um período prolongado, além de representar uma desvantagem biomecânica, é responsável por alterações e deformidades posturais. Para isso, é importante a exploração de recursos sensoriais, visuais e proprioceptivos utilizando-se de objetos como pesinhos, espelhos ou até mesmo as próprias mãos.

Exercícios de alongamento do músculo diafragma, através da dissociação das cinturas pélvica e escapular, são importantes, pois geram, condições para que esse músculo, antes retraído, ganhe comprimento e volte a contrair-se com mais potência.

As sessões podem ser realizadas em grupo ou individualmente, com duração de 1 hora, nas quais a aprendizagem do padrão respiratório do tipo diafragmático será enfatizada. Além disso, exercícios de membro e tronco também serão trabalhados. Os exercícios devem ser executados na posição mais conveniente e confortável e podem contar com o auxílio de material adicional como cordas, bolas, bastões, bexigas ou aparelhos mais específicos como incentivadores respiratórios e fortalecedores musculares.


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