O que é o Shaking e pra que serve







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Shaking é uma manobra utilizada com a finalidade de acelerar a remoção de secreções através do sistema de transporte mucociliar. É realizada apenas durante a fase expiratória da respiração e após uma inspiração profunda, reforçando, assim, o fluxo de ar expiratório proveniente dos pulmões.

Para a realização do shaking, as mãos devem estar relaxadas e colocadas sobre a região apropriada do tórax (com acúmulo de secreções ou diminuição da ventilação), começando logo após o início da expiração; o terapeuta então balança a caixa torácica em direção ao brônquio principal. O objetivo desta técnica é o deslocamento de secreções das vias aéreas de pequeno calibre para as de grande calibre.

O shaking pode ser realizado uni ou bilateralmente. Caso não haja incisão, o paciente permanece parcial ou totalmente sentado, e as mãos do terapeuta devem ser  colocadas na região inferior da parede torácica, com o movimento dirigindo-se superiormente em direção ao brônquio principal. Quando utilizado sobre o esterno, normalmente estimula a tosse devido à mudança das secreções superiormente no trato respiratório. Nos pacientes após toracotomia, as mãos devem ser colocadas sobre a região anterior e posterior do tórax, abaixo da incisão e não sobre o dreno intercostal. Se o paciente tossir, o fisioterapeuta pode aplicar uma firme pressão para dar uma maior estabilidade torácica, propiciando, assim, uma tosse mais confortável e eficaz.

Os pacientes com esternotomia mediana devem sempre receber um apoio sobre o esterno. Se o paciente estiver sentado, em decúbito dorsal ou lateral, uma mão e o antebraço são colocados ao longo de todo o esterno e utilizados apenas como um apoio. A outra mão é colocada posteriormente; assim, com a realização do shaking não haverá movimentação do esterno. Se após a cirurgia cardíaca o paciente desenvolver complicações pulmonares (geralmente atelectasias em bases), o fisioterapeuta deve trabalhar para que haja uma reexpansão pulmonar total entre as várias "sacudidas" do tórax.

A pressão aplicada ao tórax deve ser modificada de acordo com a constituição de cada paciente, bem como sua condição atual. Pacientes com osteoporose ou fratura de costelas devem ser tratados com grande cuidado, já que tratamentos muito vigorosos podem provocar fratura de costelas. O shaking pode aumentar o broncoespasmo
em alguns pacientes; devendo ser utilizado com cautela. Nos casos de secreção persistente a percussão deve ser utilizada. É contraindicado nos casos de hemoptise severa, dor pleurítica aguda e tuberculose pulmonar na fase ativa. 

Baseado no trabalho realizado por King etal.50, no qual foi demonstrado em cães que a frequência de 13Hz é a mais eficaz no processo de remoção de secreções, pelo fato de estar mais próxima da frequência de batimento ciliar, Imle27 acha pouco provável que o shaking possa trazer benefícios adicionais na limpeza brônquica, por apresentar uma frequência de vibração torácica muito baixa, na ordem de 2Hz. No entanto, a consideração desta frequência como a mais eficaz (13Hz) não é unânime entre os autores, uma vez que, segundo Mellins10, o muco se mobiliza melhor a frequências ressonantes de 5 a 6Hz.

Devido à falta de consenso literário, fica clara a necessidade de que sejam realizados mais estudos para que se possa realmente confirmar a eficácia ou ineficácia desta técnica.

Fonte


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