Quatro principais Doenças Respiratórias
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Pneumonias
Caracterizada por uma inflamação aguda do parênquima pulmonar de qualquer natureza, envolvendo os alvéolos e vias circundantes. As vias de contaminação podem ser inalatórias, aspiratória (conteúdo via oral ou gástrico) e hematogênica (viral ou bacteriana).
Os principais sintomas das pneumonias podem ser: febre, calafrios, vômitos, dores generalizadas, tosse de início seca com progressão para tosse produtiva, cefaléia e fraqueza.
O tratamento da pneumonia é baseado em antibioticoterapia, antiinflamatório, broncodilatadores, hidratação, dieta hipercalórica e repouso.
A fisioterapia respiratória é baseada em inaloterapia; oxigenioterapia, se necessário; drenagem postural; manobras de higiene brônquica; estímulo de tosse ou aspiração; cinesioterapia respiratória.
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Enfisema Pulmonar
O enfisema pulmonar se enquadra no grupo de Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas (DPOC), que são caracterizadas por uma obstrução ou limitação crônica ao fluxo aéreo. No enfisema ocorre aumento anormal e permanente dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal, acompanhado de destruição de suas paredes, resultando numa limitação as trocas de oxigênio por dióxido de carbono. Ocorre ainda o aumento dos espaços aéreos não acompanhados de destruição da parede, o que é chamado de hiperinsuflação.
A principal causa do enfisema é o tabagismo, mas existe ainda a causada pela deficiência da enzima alfa1-antitripsina, que é uma enzima produzida nos pulmões.
No início, o paciente apresenta falta de ar apenas aos grandes e médios esforços, e numa fase mais avançada, a falta de ar aparece nas tarefas mais simples e nos pequenos esforços. As manifestações clínicas só aparecem quando pelo menos um terço do parênquima pulmonar encontra-se incapacitado; são elas: dispnéia, tosse, sibilos (mais freqüentes em fumantes), perda de peso, tórax em tonel, movimentos respiratórios limitados, expiração prolongada, ruidosa e com tiragens.
O tratamento do enfisema é baseado em aliviar os sintomas do doente e prevenir a progressão da doença. Podem ser usados corticóides ou broncodilatadores, via oral ou inalatória. A Fisioterapia vai trabalhar de acordo com a fase em que o paciente se encontra, na fase hospitalar ou na fase de reabilitação pulmonar. Na fase hospitalar pode ser trabalhado com Ventilação Mecânica Não-Invasiva ou até mesmo Invasiva, oxigenioterapia, manobras de higiene brônquica, preservação ou ganho da função osteomusculoarticular. Já na fase de reabilitação pulmonar, deverá ser trabalhado com o indivíduo a reeducação respiratória e atividades aeróbias, para que o mesmo aprenda a usar sua energia de forma eficiente, de maneira que ocorra um menor gasto de oxigênio.
A prevenção do Enfisema é parar de fumar, e evitar a exposição à poluição ambiental.
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Bronquite Crônica
A Bronquite Crônica encontra-se presente em qualquer indivíduo que apresente tosse persistente e produção de escarro durante pelo menos, três meses em, pelo menos, dois anos consecutivos. Quando persistente durante vários anos, a Bronquite pode estar associada à uma doença obstrutiva crônica, resultar em Cor Pulmonale e Insuficiência Cardíaca.
A principal manifestação é a tosse produtiva que dura 3 meses por ano, durante 2 anos consecutivos. Ocorre espessamento da parede brônquica, aumento e maior viscosidade do muco, alteração nas pequenas vias aéreas e diminuição da atividade ciliar.
O tratamento é baseado em aliviar os sintomas do doente e prevenir a progressão da doença; uso de medicamentos e oxigenioterapia. O tratamento é bem parecido com o do Enfisema, uma vez que ambos são DPOC, porém na Bronquite Crônica deve-se dar mais ênfase em manobras de higiene brônquica para mobilizar secreções, exercícios respiratórios para auxiliar na expiração e ajudar a melhorar a mecânica respiratória.
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Asma
É considerada uma doença inflamatória crônica, que resulta em hiperresponsividade das vias aéreas. É uma doença incurável, que evolui com crises quando um indivíduo sensível é submetido a um estímulo nas vias aéreas. Há uma imediata ativação de células inflamatórias e liberação de mediadores. Como conseqüência, há contração da musculatura lisa dos brônquios, hipersecreção da mucosa e edema das vias aéreas.
Os sintomas principais da Asma são: dispnéia, desconforto torácico, tosse, ruídos no peito conhecidos como sibilos ou chiados. A asma pode ser classificada em: intermitente, leve persistente, moderada persistente e grave persistente.
Em relação às causas da doença, podemos dizer que uma provável tendência genética faz com que alguns indivíduos reajam exageradamente a fatores que existem normalmente no meio ambiente. A esta resposta exagerada chamamos de hiperreatividade brônquica e os fatores que desencadeiam as crises asmáticas são chamados de desencadeantes. Os desencadeantes mais comuns são: fatores alérgicos, infecções respiratórias, exercício físico, substâncias irritantes, medicamentos, emoções ou estresse, alimentos, mudança de clima e gravidez.
O objetivo medicamentoso é a reversão do broncoespasmo (medicamento de alívio), e a prevenção de novos surtos agudos por meio da redução de hiperreatividade brônquica e da inflamação das vias aéreas (medicamentos de controle – corticóides).
A fisioterapia na asma se divide em dois momentos, na crise e no período intercrise. Durante a crise o tratamento se resume em repouso, posicionamento, exercício de freno labial e para broncoespasmo. No período intercrises, o tratamento consiste em: educação do paciente sobre a doença e orientações de higiene domiciliar; exercícios de freno labial e para broncoespamo; trabalhar a postura do paciente (alongamentos, RPG, pompages, etc.); relaxamento (massagens, eletroterapia, rolo quente); reeducação respiratória, ensinando o paciente a respirar com o diafragma; condicionamento físico.
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Tuberculose
É uma doença grave, transmitida pelo ar, que pode atingir todos os órgãos do corpo, em especial os pulmões. O microorganismo causador da doença é o bacilo de Koch.
O indivíduo que entra em contato pela primeira vez com o bacilo de Koch não tem, ainda, resistência natural, mas adquire. Se o organismo não estiver debilitado, consegue matar o microorganismo antes que este se instale como doença. Após um período de 15 dias, os bacilos passam a se multiplicar facilmente nos pulmões, pois ainda não há proteção natural do organismo contra a doença. Se os sistemas de defesa não conseguir encurralar o bacilo, instala-se a tuberculose primária, caracterizada por pequenas lesões (nódulos) nos pulmões.
O avanço da doença começa a provocar sintomas mais graves. De pequenas lesões, os bacilos cavam as chamadas cavernas (necrose do tecido), que costumam inflamar com freqüência e sangrar. Nesse caso, a tosse não é seca, mas sim com pus e sangue (hemoptise).
Os sintomas são: tosse crônica, febre, suor noturno, dor torácica, perda de peso lenta e progressiva.
A prevenção usual da tuberculose é a vacina BCG, aplicada nos primeiros 30 dias de vida. Se houver a contaminação, o tratamento consiste na combinação de três medicamentos (antibióticos): rifampicina, isoniazida e pirazinamida (esquema TRÍPLICE). O tratamento dura em torno de 6 meses.
O tratamento fisioterapêutico consiste em: manobras de higiene brônquica, flutter, inalação, com soro fisiológico, posicionamento no leito, exercícios respiratórios, caminhadas e mudanças de decúbito são importantes para mobilizar secreções.
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