Tratamento de Fisioterapia na Fibrose Cística
O tratamento dessa doença objetiva manter os pulmões aerados, e a Fisioterapia respiratória é muito importante nesse requisito. A terapêutica consiste na utilização de antibioticoterapia, já que infecções são reincidentes nesses pacientes, levando à internação, muitas vezes; higiene de vias aéreas; exercício físico; suplementação de oxigênio, em alguns casos, além de broncodilatadores e anti-inflamatórios. É relevante também manter o estado nutricional e suplementar com enzimas pancreáticas e nutrientes. Por ser uma doença sistêmica e com terapêutica complexa, deve haver acompanhamento por equipe multidisciplinar, e as ações de saúde envolvem tanto pacientes quanto sua família, para que ocorra o aprendizado sobre o cuidado diário e a melhor adesão ao tratamento.
As intervenções precoces em pacientes com fibrose cística são imprescindíveis, buscando, assim, uma promoção da qualidade de vida, além de retardar a progressão da doença.
A Fisioterapia pode interferir com uma educação respiratória, melhora na força muscular e na função pulmonar, um bom condicionamento físico e uma ideal função motora, além de corrigir deformidades torácicas e posturais que possam vir a acontecer. Assim, permite que o paciente desenvolva suas atividades de vida diária o mais próximo da normalidade, fornecendo independência e funcionalidade.
A Fisioterapia pode interferir com uma educação respiratória, melhora na força muscular e na função pulmonar, um bom condicionamento físico e uma ideal função motora, além de corrigir deformidades torácicas e posturais que possam vir a acontecer.
Tem sido observado que a Fisioterapia respiratória, por exemplo, pode atuar com técnicas tradicionais, como percussão, vibração e drenagem postural e não tradicionais, como ventilação mecânica não invasiva, flutter, drenagem autógena e ciclo ativo da respiração). A utilização da vibração tem o intuito de reduzir a viscosidade do muco brônquico.
O fisioterapeuta, nessa técnica, realiza movimentos ritmados oscilatórios na parede do tórax do enfermo, sendo efetuados somente durante a expiração. Para que a técnica seja eficaz, deve ser mantida uma frequência de 3-17Hz.
A drenagem postural (DP) consiste em posicionar o paciente de forma que a gravidade auxilie na facilitação do deslocamento de muco das vias aéreas periféricas para as centrais, favorecendo sua eliminação. Normalmente, dura de 3-15 minutos, dependendo da reação do paciente. A vibração, geralmente, é aplicada de forma combinada com percussão ou DP e, geralmente, promove aumento de volume expiratório forçado no primeiro segundo em pacientes com fibrose cística.
Entre outras técnicas da Fisioterapia, situa-se a higiene brônquica, a qual elimina o excesso de secreção desses pacientes e, dessa forma, reduz o risco de infecções. A técnica de expiração forçada (TEF), a oscilação oral de alta frequência (OOAF), os exercícios aeróbicos e as terapias manuais, como o método reequilíbrio toracoabdominal (RTA) e alongamento muscular (AM) se enquadram nessa categoria.
A TEF, assim como a tosse, é bastante eficiente para que ocorra a expectoração. Nela, o paciente realiza uma inspiração, seguida por expirações forçadas, de modo a manter a glote aberta. No fim, o paciente realiza uma respiração diafragmática para se alcançar um relaxamento, evitar broncoespasmo e a queda da saturação de oxigênio.
A utilização de aparelho de OOAF tem como princípio a expiração por um orifício perfurado, o qual irá produzir a oscilação em alta frequência de uma bola metálica. Assim, ocorre a facilitação da eliminação de secreções e saliva, através da redução da viscoelasticidade do muco. Também provoca maior penetração de medicação broncodilatadora, já que auxilia na mobilização do muco retido, na manutenção ou melhora da função pulmonar em longo prazo e uma estabilidade aumentada das unidades alveolares no fim da expiração.
O RTA também costuma ser realizado e consiste em uma técnica manual, desempenhada com manuseios e apoios suaves. Favorece a ventilação pulmonar e a desobstrução brônquica, influenciando em tônus, comprimento e força dos músculos da respiração.
Por sua vez, o AM aperfeiçoa a mobilidade torácica e a força dos músculos respiratórios, reduz a tensão da musculatura acessória e facilita a mecânica respiratória, podendo ser uma técnica utilizada na reabilitação pulmonar.
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