Importância da Fisioterapia na fibrose cística
A importância da fisioterapia respiratória no tratamento da fibrose cística foi reconhecido na década de 50, e é considerada desde então, como parte fundamental no tratamento diário desta enfermidade (Davidson e cols., 1993; Lannefors., 1993).
Após o diagnóstico, um programa de fisioterapia respiratória já deve ser instituído o qual permanecerá por toda vida, inclusive naqueles pacientes clinicamente assintomático, já que existem evidências de que a obstrução e inflamação das pequenas vias aéreas existem mesmo antes do início dos sintomas (Boat, 1997).
Os efeitos da fisioterapia respiratória nesses pacientes tem sido bastante documentados, com relatos de benefícios imediatos e tardios. Porém ainda existem muitas controvérsias quanto as técnicas utilizadas e seus efeitos, principalmente aquelas realizadas manualmente.
Uma análise detalhada sobre o efeito da fisioterapia respiratória nesses pacientes foi realizada por Desmond e cols. (1983), onde foi observado que após um período de três semanas sem receber tratamento fisioterapêutico ocorreu uma diminuição significativa em todos os parâmetros espirométricos e também um aumento da limitação ao fluxo aéreo após três semanas. Imediatamente após o início da fisioterapia houve um aumento do Peak Flow e redução parcial da limitação ao fluxo aéreo e após três semanas de tratamento foi observado total reversibilidade da limitação ao fluxo aéreo e aumento da capacidade vital forçada e do fluxo expiratório máximo em 60% da capacidade pulmonar total.
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