Atuação fisioterapêutica em trauma torácico de paciente sob cuidados intensivos

O trauma é uma doença que afeta predominantemente os jovens, sendo a principal causa de morte nas primeiras três décadas de vida. O tórax instável é observado em aproximadamente 10% dos casos de trauma de tórax, com mortalidade de 10-15%.

O tórax instável é observado em aproximadamente 10% dos casos de trauma grave de tórax, com mortalidade de 10-15%. Sua alta mortalidade está, em parte, relacionada à associação de graves lesões extra-torácicas (trauma cranioencefálico, vísceras abdominais, lesões vasculares).

Entretanto, nos pacientes que sobrevivem ao trauma inicial, as principais causas de morte estão relacionadas principalmente à pneumonia e sepse, associadas à entubação e ventilação mecânica prolongadas, freqüentemente necessárias nesses casos. O tórax instável bilateral e a idade acima de 50 anos são fatores agravantes.

Em pacientes de trauma torácico a fisioterapia vem atuando no sentido de prevenir e tratar as complicações que surgem nesses casos.

O principal problema que esses pacientes apresentam é a dor intensa causada pelas fraturas de costelas. Como conseqüência disso o paciente desenvolve uma série de complicações, assim como: inibição reflexa do movimento do diafragma que resulta em hipoventilação
acarretando atelectasias, hipóxia e retenção de secreções. O aumento nessa produção de secreção resulta do trauma torácico e inibição reflexa combinada com hipoventilação, o que aumenta o risco do paciente desenvolver uma infecção pulmonar e evoluir para IRpA (MIDDLETON et al, 2003).

A presença da dor leva a tosse ineficaz como conseqüência retenção de secreções.

Os traumatismos torácicos podem ser classificados em traumas fechados quando atingem a parede, a pleura e os pulmões, com maior ou menor gravidade, ou perfurantes quando sempre atingem os pulmões e é uma das principais causas de morte do paciente politraumatizado (CARVALHO, 2000; KNOBEL, 1998).

A fisioterapia pneumofuncional é comumente realizada em pacientes ventilados mecanicamente, com intuito de promover a limpeza das secreções pulmonares retidas, recrutar unidades pulmonares colapsadas, melhorar o shunt intrapulmonar e a complacência do sistema respiratório (BEZERRA, 2004).

Por estes motivos o tratamento fisioterápico em UTI tem sido relacionado com a redução das complicações associadas ao ventilador mecânico (AZEREDO, 2004).

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