Medição da complacência e resistência do sistema respiratório na vetilação mecânica








A complacência, que é o inverso da elastância, pode ser definida como a relação entre o volume inspirado e a variação de pressão resultante da "acomodação" deste volume no parênquima pulmonar, isto é, nos alvéolos.

Pode ser calculada, em ml/cmH2O, pela seguinte fórmula: Em um paciente sem doença respiratória o valor normal de complacência fica em torno de 50 a 80 ml/cmH2O.

Uma complacência reduzida ocorre sempre que há aumento da retração elástica dos pulmões ou redução da superfície alveolar disponível para acomodação do volume corrente, como na SDRA, edema agudo de pulmão, pneumonia, ou mesmo por hiperdistensão alveolar iatrogênica, causada por ajustes de volume corrente ou PEEP em excesso.

Como a complacência medida é a do sistema respiratório e não a dos pulmões, alterações na parede torácica que dificultem a expansibilidade pulmonar também determinam sua redução.

Resistência do sistema respiratório?

As vias aéreas podem ser analisadas como um sistema de tubos por onde o ar passa.

Assim, a resistência pode ser definida como a diferença de pressão necessária para a passagem de um certo fluxo de ar pelos tubos.

No sistema respiratório, a resistência das vias aéreas (cânula traqueal + vias aéreas do paciente) pode ser calculada, em cmH2O / l.s-1 , pela fórmula abaixo:

Assim, quanto maior a diferença entre Pmax e Ppausa, maior a pressão resistiva.

Normalmente, com um fluxo de 60 L/min (=1 L/s), a diferença entre a Pmax e a Ppausa é de 4 a 6 cmH2O, que é a Rva normalmente encontrada num paciente intubado com cânula de 8 a 9 mm de diâmetro interno.
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