Pilates na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica



A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) caracteriza-se por obstrução ao fluxo aéreo parcialmente reversível. Essa limitação geralmente é progressiva, sendo associada a uma resposta inflamatória dos pulmões a partículas ou gases tóxicos. O processo inflamatório crônico da DPOC pode produzir modificações dos brônquios e causar destruição do parênquima, com consequente aumento da complacência pulmonar.  Embora a DPOC comprometa o sistema respiratório, produz consequências sistêmicas para os sistemas muscular e cardiovascular

A hiperinsuflação pulmonar presente nesses indivíduos é caracterizada pelo aumento da capacidade residual funcional que determina considerável mudança na mecânica dos músculos respiratórios, comprometendo a capacidade da bomba ventilatória em sustentar a respiração espontânea. Conforme a hiperinsuflação se acentua, a complacência pulmonar que se encontrava aumentada reduz e a pressão positiva ao final de expiração (PEEP intrínseca) impõe um limiar de carga inspiratória que deve ser superado antes que ocorra o fluxo inspiratório.

O tratamento da DPOC envolve medidas para minimizar e/ou corrigir as limitações impostas pelo descondicionamento cardiorrespiratório e alterações da força muscular respiratória e periférica; por isso, a fisioterapia respiratória constitui um componente necessário nesse tratamento, tendo como objetivo oferecer o melhor comportamento funcional ao paciente. Em virtude das alterações da musculatura respiratória apresentadas nos indivíduos com DPOC, o Método Pilates, por meio do princípio da respiração, poderá contribuir para uma ventilação adequada e coordenada com os movimentos, promovendo melhora na mobilidade da caixa torácica e modificação do padrão respiratório.

O princípio da respiração do Método Pilates exige uma expiração máxima durante os exercícios. Essa expiração máxima é realizada através dos músculos abdominais superficiais, que são ativados durante a realização dos exercícios do Pilates, principalmente do músculo reto abdominal, justificando, assim, o aumento da força muscular expiratória nos praticantes do método

O fortalecimento dos músculos abdominais superficiais não contribui apenas para aumentar a força dos músculos expiratórios, mas também é importante para melhorar o desempenho do diafragma, principal músculo inspiratório. O aumento no tônus dos músculos abdominais fornece estabilidade proprioceptiva à parede abdominal durante a incursão do diafragma no momento da inspiração, de forma que seu centro tendíneo consegue se apoiar nas vísceras abdominais e gerar uma amplitude de movimento maior. Isso faz com que o aumento dos diâmetros cefalocaudal e transverso do tórax sejam mais acentuados durante a inspiração, contribuindo para uma maior amplitude de movimento. Esse fato é particularmente importante nos indivíduos portadores de DPOC em virtude da retificação do diafragma que eles apresentam ocasionada pela hiperinsuflação pulmonar.

Outra característica importante do Pilates é o recrutamento, através da respiração, de fibras de músculos profundos, que, juntamente com a contração abdominal que sempre é solicitada, são os principais fatores responsáveis pelo trabalho de centralização e controle do corpo. Há exercícios do Método Pilates que utilizam a inspiração para preparar o movimento e, em contrapartida, a expiração é utilizada para trabalho do abdome, através do recrutamento dos músculos expiratórios, incluindo transverso do abdômen e oblíquos interno e externo. Apesar do Método Pilates não ser específico para trabalhar o treinamento de resistência e força muscular respiratória em pacientes com DPOC, fnão se pode negar que um trabalho respiratório intenso e um recrutamento constante dos músculos abdominais influencia positivamente o aumento da força muscular respiratória.

O tratamento com o Método Pilates melhora a função pulmonar de indivíduos portadores de DPOC que que podem realizar fisioterapia respiratória, pois aumenta significantemente a mobilidade torácica na região apical, reduzindo a limitação ao fluxo expiratório e aumentando a força muscular respiratória tanto inspiratória quanto expiratória.

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