Saiba mais sobre a Aspiração Endotraqueal









A aspiração endotraqueal é um recurso mecânico simples e relevante na rotina hospitalar. É amplamente utilizada em pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) sob ventilação mecânica ou não, ou em pacientes de leito hospitalar que não conseguem expelir voluntariamente as secreções pulmonares traqueobrônquicas, sangue ou vômitos. Este recurso tem por finalidade manter as vias aéreas permeáveis, prevenir infecções, promover trocas gasosas, incrementar a oxigenação arterial e melhorar a função pulmonar.


 No entanto, a aspiração é um procedimento invasivo que pode trazer agravos ao paciente se não for realizada com critério. É imprescindível que o profissional possua não só o domínio da técnica, como também o conhecimento da fisiopatologia do problema respiratório do paciente, pois, somente assim, o procedimento poderá ser aplicado de maneira segura, interferindo o mínimo possível na evolução e no sucesso do tratamento.

A manutenção da permeabilidade das vias aéreas tem sido o maior desafio e o principal objetivo na assistência dos profissionais a pacientes entubados e em ventilação artificial. Isto porque, nesses pacientes, ainda que a patologia de base não seja de origem pulmonar, o acúmulo de secreções é inevitável, pois a canulação endotraqueal impede que os mecanismos de defesa das vias aéreas superiores como a filtração, umidificação e aquecimento do ar sejam utilizados.

A aspiração é considerada um procedimento rotineiro, apesar disto, vários autores concordam que não deve ser realizada em intervalos regulares, mas somente quando o paciente dela necessite; pois os riscos da aspiração de rotina ultrapassam seus benefícios4,10,24.

    O procedimento de aspiração expõe a sérios riscos, especialmente em pacientes sob ventilação mecânica, devendo ser cuidadosa para evitar complicações sérias como hipoxemia, atelectasia, arritmia e pneumonia, entre outras.

A necessidade de aspiração é determinada principalmente pela observação visual do acúmulo de secreções e pela ausculta pulmonar, para determinar a presença de secreções ou obstrução nas vias aéreas.

Segundo diversos autores, preconiza-se a aspiração somente na presença de ausculta de sons adventícios (roncos) pulmonares, aumento do pico de pressão inspiratória no ventilador ou quando a movimentação das secreções é audível durante a respiração.

Em situações nas quais os pacientes apresentam risco de obstrução nas vias aéreas, ou nas quais a ventilação mecânica de longo prazo é necessária, dois tipos comuns de via aérea artificial podem ser utilizadas, tanto a via aérea oral ou a traqueostomia

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