Fisioterapia Respiratória na DPOC




A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) caracteriza-se por obstrução ao fluxo aéreo parcialmente reversível. Essa limitação geralmente é progressiva, sendo associada a uma resposta inflamatória dos pulmões a partículas ou gases tóxicos. O processo inflamatório crônico da DPOC pode produzir modificações dos brônquios e causar destruição do parênquima, com consequente aumento da complacência pulmonar. A presença dessas alterações é variável em cada indivíduo e determina os sintomas da enfermidade, que incluem tosse crônica, produção de expectoração e dispneia aos esforços. Embora a DPOC comprometa o sistema respiratório, produz consequências sistêmicas para os sistemas muscular e cardiovascular.

O tratamento da DPOC envolve medidas para minimizar e/ou corrigir as limitações impostas pelo descondicionamento cardiorrespiratório e alterações da força muscular respiratória e periférica; por isso, a fisioterapia respiratória constitui um componente necessário nesse tratamento, tendo como objetivo oferecer o melhor comportamento funcional ao paciente

Entre os diversos sintomas que acompanham a DPOC, estão a dispneia (falta de ar), tosse, secreção (catarro) e infecções respiratórias. Como consequência disso, pessoas com DPOC frequentemente sofrem com o descondicionamento físico, fraqueza muscular, perda de peso e desnutrição. O que, muitas vezes, acaba limitando a prática de atividades físicas. 

Todos esses fatores contribuem para que um paciente com DPOC seja indicado para a fisioterapia. Onde será desenvolvido um plano de tratamento personalizado, em comum acordo entre o seu médico e o fisioterapeuta. Em geral, os objetivo da fisioterapia respiratória são:

  • reduzir a dificuldade para respirar (dispneia);
  • melhorar a capacidade de realizar exercícios físicos;
  • melhorar a higiene brônquica (limpeza das vias aéreas);
  • aumentar o conhecimento e autocuidado do paciente.

 Quem pode fazer fisioterapia respiratória

São pacientes potenciais para a fisioterapia as pessoas que sofrem com os sintomas da DPOC e vêem sua qualidade de vida diminuída em função da doença. Principalmente aqueles que são limitados pela redução da performance em atividades físicas e sofrem com a fraqueza muscular.

Os tipos de tratamentos usados na fisioterapia variam de paciente para paciente, levando em consideração a evolução da doença e a resposta à prática de exercícios. Mas, em geral, podem ser recomendados:

  • Exercícios físicos: como treinamentos de endurance, intervalado, treino de força e muscular respiratório. O objetivo é melhorar o condicionamento cardiorrespiratório e muscular e a flexibilidade1.
  • Exercícios respiratórios: técnicas que podem ajudar a melhorar a função respiratória, como expirar, respirar profunda e lentamente, terapia de relaxamento, entre outros1.
  • Técnicas de higiene brônquica: práticas que o paciente pode usar no seu dia a dia para desobstruir as vias aéreas, capacitando e encorajando a uma vida mais independente.

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