Desmame ventilatório em pacientes com DPOC



A doença pulmonar obstrutiva crônica, conhecida pela sigla DPOC, caracteriza-se pela obstrução do fluxo aéreo, sendo em geral progressiva, estando  associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases tóxicos, tendo como principal causa de ocorrência é o tabagismo. Em razão do processo inflamatório crônico que se instaura o paciente pode adquirir bronquite crônica, bronquiolite obstrutiva e enfisema pulmonar.

O suporte ventilatório mecânico na DPOC tem indicação nas exacerbações com hipoventilação alveolar e acidemia e, em menor frequência, naquelas que apresentam hipoxemia grave que não permita correção através da oferta de oxigênio suplementar.

Deve-se considerar que a Ventilação Não Invasiva (VNI), respeitando seus critérios de execução, é a melhor opção para reversão desta condição e evitar que o uso da ventilação mecânica invasiva (VMI).

No caso de aplicação da VNI, a manutenção da ventilação espontânea tende a ser mais eficiente. Esse procedimento reduz o trabalho ventilatório, reduzindo também o índice de dispneia e, em contrapartida promove o aumento do volume residual, prevenindo, por essa forma, a presença de atelectasias, favorecendo, também, o recrutamento alveolar, além de incrementar PaO2.

A principal vantagem da VM reside no fato de a medida proporcionar um descanso adequado aos músculos respiratórios, contribuindo para ocorrer a inversão da fadiga muscular e na consequente resolução da IRpA. Esta vantagem, a longo prazo, pode ser um dos grandes revezes na evolução do desmame devido ao quase desuso da musculatura respiratória.

No Brasil estima-se que 5,5 milhões de pessoas sejam acometidas por DPOC ocupando entre a quarta e a sétima posição das principais causas de morte.

Quando o desmame ocorre de forma prolongada, é considerado como desmame difícil. Este, é responsável pelo aumento da morbidade, bem como dos custos relacionados à UTI .

O desmame, ainda é um dos maiores desafios dentro da terapia intensiva. Pode ser considerado uma "mistura de arte e ciência", mesmo sendo feitos por profissionais intensivistas especializados. Em meio a pratica clínica, mesmo adotando-se o uso de protocolos, testes para evolução do processo e respeitando a individualidade de cada paciente há casos em que o Fisioterapeuta enfrenta falha no desmame, o que, segundo a literatura, a ocorre com uma média entre 20% e 30% dos pacientes.

O fisioterapeuta deve estar atento ao fato de que, no momento da transição entre a VM e ventilação espontânea, podem ocorrer muitos distúrbios respiratórios, que podem ser agravados em decorrência de fatores restritivos, tais como sedação, algias e a presença de drenos torácicos e abdominais, ou obstrutivos no caso da DPOC.

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