Fisioterapia Respiratória na DPOC
As doenças pulmonares obstrutivas crô nicas (DPOC) acometem homens e mulheres, sendo menor a prevalência em mulhres. A doença ultrapassa o sistema pulmonar, expandindo-se com repercussões orgânicas, sendo analisada como uma condição sistêmica. A prescrição e o acompanhamento dos pacientes portadores de DPOC pela fisioterapia respiratória é, portanto, importante para reduzir o impacto das repercussões sistêmicas.
A indicação da fisioterapia respiratória deve estar pautada no tempo e gravidade da doença, na relação do paciente com a mesma e nas comorbidades apresentadas, assim como a frequência e a duração do tratamento. Porém, deve ser levado em conta que a intervenção fisioterapêutica – iniciada imediatamente após o diagnóstico da doença obstrutiva e realizada regularmente pelo paciente – minimiza os efeitos deletérios da obstrução.
As vias áreas obstruídas não são ventiladas e prejudicam as trocas gasosas, provocando hipoxemia e infecções por crescimento de micro-organismos. As consequentes alterações sistêmicas incluem complicações musculoesqueléticas e queda da endurance, prejudicando a qualidade de vida do portador de DPOC.
A fisioterapia respiratória nas doenças obstrutivas tem como objetivo tratar o paciente proporcionando a melhora da sua funcionalidade pulmonar através da limpeza brônquica, estimulando a eliminação das secreções, relaxando a musculatura brônquica, otimizando a ventilação pulmonar e melhorando o condicionamento cardiopulmonar do paciente.
Os métodos de avaliação da fisioterapia respiratória serão os parâmetros de evolução da doença. São eles: a anamnese, o exame físico, a oximetria, a análise do condicionamento cardiopulmonar, assim como os testes de função pulmonar, gasometria e radiografia de tórax. Dados subjetivos – como a percepção de dispneia, fadiga e dor, avaliados pelas escalas de Borg e visual analógica – são importantes para avaliação qualitativa.
Os exames ergométricos, como o teste de caminhada em seis minutos e o teste do degrau, também são avaliações im portantes para determinar o condicionamento cardiopulmonar dos pacientes.
Técnicas fisioterapêutica intervencionistas - Em relação às técnicas intervencionistas, a aerossolterapia (com substâncias diluentes como a água e soluções salinas) é indicada quando a secreção se apresenta hiperviscosa e hiperade rente, visando facilitar a sua eliminação com o menor gasto energético.
A aerossolterapia medicamentosa, indicada pelo médico assistente, atua nos processos in flamatórios e broncoespasmos. Para seu melhor aproveitamento, o paciente deve ser orientado a realizar um exercício respiratório de redução da velocidade de fluxo, tanto inspiratório – que otimiza a deposição das partículas de substâncias veiculadas –, quanto expiratório – que minimiza a velocidade de saída das partículas inaladas –, mantendo-as por mais tempo no ducto brônquico.
Desta maneira, a filtração aerodinâmica é utilizada a favor do tratamento por aerossol. A desobstrução brônquica é um dos principais objetivos da intervenção fisioterapêutica nestas doenças. Atualmente, as técnicas são divididas em convencionais e atuais.
Técnicas desobstrutivas convencionais - As técnicas convencionais da fisioterapia são a drenagem postural, percussões, expiração forçada e técnicas de tosse (tosse explosiva e huffing)
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