Fisioterapia Respiratória na DPOC










As doenças obstrutivas pulmonares podem ser agudas ou crônicas. As doenças obstrutivas agudas, ao serem tratadas, não evoluem para alterações perniciosas e o paciente retorna a sua funcionalidade integral, sem prejuízo recorrente na qualidade de vida. As doenças obstrutivas pulmonares crônicas vêm apresentando alto índice de óbito de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e, ainda segundo esta agência de saúde, as alterações das vias aéreas no decorrer do tempo mostram um maior nível de gravidade, refletindo na redução da atividade física, que interfere nas atividades da vida diária  e no número de internações decorrentes do agravamento do quadro sintomatológico.

As doenças pulmonares obstrutivas crô nicas (DPOC) acometem homens e mulheres, sendo menor a prevalência em mulhres. A doença ultrapassa o sistema pulmonar, expandindo-se com repercussões orgânicas, sendo analisada como uma condição sistêmica. A prescrição e o acompanhamento dos pacientes portadores de DPOC pela fisioterapia respiratória é, portanto, importante para reduzir o impacto das repercussões sistêmicas.

A indicação da fisioterapia respiratória deve estar pautada no tempo e gravidade da doença, na relação do paciente com a mesma e nas comorbidades apresentadas, assim como a frequência e a duração do tratamento. Porém, deve ser levado em conta que a intervenção fisioterapêutica – iniciada imediatamente após o diagnóstico da doença obstrutiva e realizada regularmente pelo paciente – minimiza os efeitos deletérios da obstrução.

As vias áreas obstruídas não são ventiladas e prejudicam as trocas gasosas, provocando hipoxemia e infecções por crescimento de micro-organismos. As consequentes alterações sistêmicas incluem complicações musculoesqueléticas e queda da endurance, prejudicando a qualidade de vida do portador de DPOC.

A fisioterapia respiratória nas doenças obstrutivas tem como objetivo tratar o paciente proporcionando a melhora da sua funcionalidade pulmonar através da limpeza brônquica, estimulando a eliminação das secreções, relaxando a musculatura brônquica, otimizando a ventilação pulmonar e melhorando o condicionamento cardiopulmonar do paciente.

Os métodos de avaliação da fisioterapia respiratória serão os parâmetros de evolução da doença. São eles: a anamnese, o exame físico, a oximetria, a análise do condicionamento cardiopulmonar, assim como os testes de função pulmonar, gasometria e radiografia de tórax. Dados subjetivos – como a percepção de dispneia, fadiga e dor, avaliados pelas escalas de Borg e visual analógica – são importantes para avaliação qualitativa.

Os exames ergométricos, como o teste de caminhada em seis minutos e o teste do degrau, também são avaliações im portantes para determinar o condicionamento cardiopulmonar dos pacientes.

Técnicas fisioterapêutica intervencionistas - Em relação às técnicas intervencionistas, a aerossolterapia (com substâncias diluentes como a água e soluções salinas) é indicada quando a secreção se apresenta hiperviscosa e hiperade rente, visando facilitar a sua eliminação com o menor gasto energético.

A aerossolterapia medicamentosa, indicada pelo médico assistente, atua nos processos in flamatórios e broncoespasmos. Para seu melhor aproveitamento, o paciente deve ser orientado a realizar um exercício respiratório de redução da velocidade de fluxo, tanto inspiratório – que otimiza a deposição das partículas de substâncias veiculadas –, quanto expiratório – que minimiza a velocidade de saída das partículas inaladas –, mantendo-as por mais tempo no ducto brônquico.

Desta maneira, a filtração aerodinâmica é utilizada a favor do tratamento por aerossol.  A desobstrução brônquica é um dos principais objetivos da intervenção fisioterapêutica nestas doenças. Atualmente, as técnicas são divididas em convencionais e atuais.

Técnicas desobstrutivas convencionais - As técnicas convencionais da fisioterapia são a drenagem postural, percussões, expiração forçada e técnicas de tosse (tosse explosiva e huffing)


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